Da Folha de S.Paulo – Daniela Lima
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), avisou a aliados que vai começar a trabalhar para aproximar institucionalmente seu partido dos movimentos que lideram a organização de atos contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Outras siglas do campo da oposição já atuam nesse sentido, como o Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (SDD-SP), e o PPS, de Roberto Freire (SP).
A ideia de Aécio é lançar mão de interlocutores naturais para fazer a aproximação. Mulher e filha do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), por exemplo, já estavam engajadas em diversas frentes de organização do ato do último dia 15 em São Paulo.
Ele deve aproveitar ainda a ligação pessoal que tem com artistas e personalidades que cederam suas imagens e gravaram mensagens de convocação para os atos, como o empresário Marcos Buaiz.
A proposta é que esses nomes façam uma ponte, marcando encontros reservados entre Aécio e os integrantes dos movimentos.
A execução da tarefa pode não ser fácil. O Movimento Brasil Livre (MBL) critica abertamente a postura dos tucanos, atribui ao partido uma oposição “frouxa” ao governo petista e rechaça qualquer estreitamento com a sigla.
O Vem Pra Rua, que chegou a ajudar o PSDB a organizar atos pró-Aécio na reta final da campanha presidencial e manteve, por algum tempo, diálogo com integrantes do tucanato, agora trabalha para se desvencilhar da sigla.
O grupo tem divulgado textos em que se afirma suprapartidário e vídeos em que nega qualquer vínculo formal com o PSDB. “Nós não temos intenção de estabelecer conexões com nenhum partido político”, disse o porta-voz do grupo, Rogério Chequer.
A cobrança por uma postura mais ativa de Aécio na organização dos protestos contra Dilma tem vindo de dentro da oposição.
O mineiro foi criticado por integrantes de sua sigla e de legendas que o apoiaram em 2014 por não ter ido às ruas no último dia 15 –apenas apareceu na janela de seu apartamento vestindo uma camisa da seleção, visual comum nas manifestações.
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