A Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Grupo de Atuação Especial
Contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual e a
Polícia Civil desencadearam a Operação Velocidade Limitada II na última
sexta-feira(24), na Região Metropolitana de João Pessoa. A ação teve
como objetivo desarticular um grupo de motociclistas que praticava
rachas na BR 230. Oito motos, três revólveres e uma pistola foram
apreendidas. Quatro homens foram presos.
Os trabalhos de monitoramento tiveram início ainda no ano passado,
quando denúncias anônimas chegaram através de ligações para o 191,
telefone de emergência da PRF. O setor de inteligência da PRF iniciou a
coleta de informações sobre as práticas e seus participantes. Um vasto
material audiovisual foi encontrado em redes sociais, postados pelos
próprios integrantes do grupo envolvido. Neles é possível verificar a
prática de vários rachas.
Três, dos onze alvos da Operação Velocidade Limitada II, haviam sido
anteriormente presos pela prática de racha durante a Operação Semana
Santa 2015, realizada pela PRF. Na ocasião, um quarto motociclista fugiu
após lançar sua motocicleta contra o policial que realizava a
abordagem. Antes do ponto de abordagem, os quatro motociclistas foram
flagrados por outra equipe que realizava fiscalização com o uso de
radares.
A ação teve início na madrugada da última sexta-feira quando 75
agentes da PRF juntamente com promotores do GAECO e nove equipes da
Polícia Civilsaíram em direção aos endereços para o cumprimento de onze
mandados de busca e apreensão. Um helicóptero da PRF também foi usado na
operação. Até o final da manhã,oito motocicletas de alta cilindrada
foram apreendidas; sendo: Honda/CBR 1000 RR, Suzuki/Suzuki GSx 1300 R,
Kawasaki/Z800, Kawasaki/Ninja Zx10R, Yamaha/YZF R6, Honda/CBR600F,
Kawasaki/Ninja Zx10Rabs, além de uma Yamaha/YZF R1, sem registro e
parcialmente desmontada.
Quatro pessoas foram presas pelo crime de posse de arma de fogo e
munições. No apartamento de um dos suspeitos,foram encontrados um
revólver Taurus calibre 38, diversas munições de mesmo calibre e
cartuchos deflagrados além de um pente contendo 36 munições não
deflagradas de fuzil calibre 7.62, esse de uso restrito.
Um dos presos é Gibran Asfora – segundo foi anunciado pelo Fantástico – Ele tinha armas e munição em casa e continua preso.
A operação foi dividida em duas fases. Na primeira etapa, na sexta
feira, foram executados os mandados de busca e apreensão. A segunda fase
foi o monitoramento da rodovia BR230 com a utilização de radares e
patrulhamento aéreo, objetivando coibir a prática de racha e flagrar
aqueles que teimassem em praticá-la.
Passeio legal – O passeio de motocicletas aos domingos com posterior
parada para um café da manhã no Cajá é prática comum, realizada por
muitos motociclistas que costumam sair de João Pessoa ao amanhecer,
pilotando suas motocicletas adequadamente, respeitando as regras de
trânsito e conduzindo de forma consciente. Entretanto, um subgrupo,
autointitulado de “299”, composto por motociclistas que possuem as motos
mais velozes colocava em risco a própria vida e de outras pessoas
quando, aproveitando a oportunidade do passeio dominical, realizavam
rachas entre os quilómetros 45 e 65 da BR230, pilotando em altíssima
velocidade. O número 299 é uma referência ao limite máximo de registro
dos velocímetros das motocicletas. Ao atingi-lo e registrá-lo em vídeos,
o condutor ganhava prestígio entre os demais integrantes. Todos os
alvos da operação integravam esse subgrupo.
Polêmica Pb



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