O Governo da presidente Dilma Rousseff tem mais problemas a enfrentar no gargalo da malha rodoviária brasileira. As obras suspensas por falta de pagamento não tem data para serem retomadas e, de acordo com um documento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU), sem recursos, o órgão, que cuida dos 55.000 km de rodovias federais, “está na iminência de ter suas obras paralisadas”.
O relatório é assinado pelo diretor interino de Infraestrutura Rodoviária, o engenheiro Luiz Guilherme Mello. O Ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, em recente audiência no Senado, há havia antecipado que as obras do país iriam parar por falta de verbas.
A situação é crítica e, segundo o Dnit, as empresas que fazem manutenção e construção de estradas do país estão com mais de R$ 1,7 bilhão a receber. Outra revelação do próprio DNIT: o departamento informa que já houve queda de 43% nas compras de asfalto (principal insumo para as obras nas rodovias) neste ano em relação a 2014.
O documento enviado ao TCU destaca ainda que, se a situação perdurar, os usuários das rodovias poderão ser prejudicados no seu “direito de ir e vir”. O documento, de acordo com reportagem do Jornal Folha de São Pauloo, é uma contestação do Dnit a uma decisão do TCU que impediu o órgão de reajustar valores pagos às empresas pela compra de asfalto nos meses de novembro de 2014 a janeiro de 2015. Para o departamento, sem esse reajuste haverá a paralisia das obras.
Muitas empresas que estavam executando obras nas rodovias federais brasileiras já estão com seus canteiros praticamente paralisados, pois não têm mais recursos para continuar mantendo os contratos pela falta de pagamento, fato agravado pelo reajuste do preço do asfalto.
Ceará Agora
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