Em entrevista ao Blog do Gordinho, Harrison evitou fazer comentários sobre o mérito da acusação ao tribunal, mas adiantou que todas essas medidas protelatórias demonstram o medo que Ricardo Coutinho tem da sua cassação.
“Quem deve responder pelo TCE é o TCE. A mim me parece que o governador tem muito medo do julgamento das suas ações, por isso busca adiar de todo modo a análise dos abusos cometidos durante a eleição. Isso está claro. Esse dado do TCE a que eles se referem não é decisivo para o nosso conjunto probatório. Penso que essa estratégia do governador demonstra nitidamente que ele está preocupado com a sua cassação”, disse.
O advogado não quis prever prazos de novo julgamento, mas reconheceu que as medidas protelatórias tumultuam o andamento do processo que pede a cassação do governador socialista.
“Essas alegações da defesa fazem parte de uma estratégia procrastinatória. Tudo é feito apenas para adiar o julgamento dos crimes eleitorais e são nove. Essa se refere aos abusos praticados pelo governador na concessão de vantagens a servidores da Polícia, concedidos com lei nova e decreto novo apenas no ano da eleição. Há juízes de Pombal e Patos que pediram afastamento de comandantes de Polícia por terem agido como militantes partidários”, explicou.
O advogado também interpretou a declaração proferida pelo secretário de Comunicação do Estado, Luís Torres, de que o TCE não pode ser uma extensão do escritório que representa o senador Cássio Cunha Lima.
“Vejo como uma ilação irresponsável que diz respeito à instituição. Se ele diz que o tribunal agiu dolosamente, deve provar. Eu não sou membro daquela corte, mas por mim, entendo como uma ilação irresponsável”, rebateu.
Com Blog do Gordinho
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