Vídeo mostra abordagem em blitz da PRF contra deputado Carlos Augusto em Caicó
O episódio ocorrido em Caicó envolvendo o
deputado estadual Carlos Augusto Maia (PTdoB) do Rio Grande do Norte e
agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi esclarecido em sessão
ordinária nesta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa. Carlos
Augusto Maia exibiu o vídeo em que é agredido pelos agentes da Polícia
Rodoviária Federal e apresentou dados da Polícia Civil que o inocentam
da acusação de desacato à autoridade e ainda apontam que o parlamentar
pode ter sido vítima de abuso de autoridade policial.
O parlamentar iniciou o pronunciamento
dizendo que só agora pode provar o que está afirmando. “Minha indignação
foi muito grande desde os primeiros momentos. Pelo que ocorreu e,
também, por tudo o que foi sendo dito sobre este episódio. Fui
duplamente desrespeitado, duplamente ultrajado”, disse o deputado.
Carlos Augusto Maia contou detalhes da
abordagem policial e narrou ser vítima de acusações comentadas pela PRF e
nas redes sociais. “Ora, quem iria acreditar que um político saindo de
um ambiente festivo àquela hora da manhã estaria na sua razão enquanto
policiais de trânsito estariam errados? Ainda mais no período em que
vivemos? Mas eu fui injustiçado”, comentou.
O vídeo de quase 20 minutos exibido em
plenário mostra a atuação dos policiais e a reação do deputado que foi
levado ao chão pelos agentes, agredido e algemado.
“A sociedade pode fazer o julgamento
diante das imagens. Fui agredido e humilhado. Eles tentaram de todas as
formas retirar minha razão e eu me mantive calmo. Apenas após as
agressões é que me identifiquei como deputado. Não estava cometendo
crime algum. Falei que era advogado, que era um jovem honesto, que era
deputado estadual”, falou emocionado.
Segundo o parlamentar, após análise dos
autos e conflitos de provas, o delegado regional de Caicó, responsável
pelo caso apresentou relatório à Assembleia Legislativa. “O
excelentíssimo deputado estadual se prontificou, de livre e espontânea
vontade, a prestar declarações o que, por si só, demonstra seu
desprendimento republicano à autoridade de sua função, agindo como um
verdadeiro cidadão merecedor de grande respeito social”, relatou no
processo o delegado da Polícia Civil Helder Carvalhal de Almeida baseado
no conceito jurídico de foro privilegiado, em que o parlamentar pode
não prestar esclarecimentos à autoridade policial estadual.
Carlos Augusto Maia disse ainda que vai
continuar na luta por mais segurança, por mais atuação firme do
policiamento ostensivo, mas repudia os excessos e abusos. “Não vamos nos
calar ou tolerar que os nossos direitos fundamentais – inclusive à
integridade física e à vida – sejam violados. O que faz uma pessoa estar
dentro da lei não é o que ela veste ou o brasão que ela ostenta. É a
sua conduta. É a forma como procede e se comporta. É o fato de cumprir o
seu dever funcional e o seu compromisso com a sociedade a quem deve
servir”, destaca.
O parlamentar finalizou seu
pronunciamento dizendo que encerra o assunto na esfera política, mas que
irá buscar juridicamente reparação judicial. “Faço isso não só por mim,
mas por todos aqueles que passam pelo que eu passei e não têm a
oportunidade que eu estou de falar nesta Tribuna”. Os deputados
estaduais apartearam o deputado prestando solidariedade ao colega
parlamentar.
Confira vídeo que resultou na prisão do deputado:
Polêmica Paraíba
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do Blog 'Política hora 1... !'