O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou nesta terça-feira
o projeto de lei 882/2015, que trata da legalização do aborto. O texto
determina que a interrupção da gravidez poderá ser realizada nas doze
primeiras semanas, tanto pelo SUS quanto pela rede privada. Após a 12º
semana, há outros casos previstos, como em situações de violência sexual
ou de riscos à gestante ou ao bebê, desde que comprovados clinicamente.
– A interrupção voluntária da gravidez não deve ser tratada como um
instrumento de controle de natalidade, mas um direito da mulher a
decidir sobre seu corpo. E sua legalização deve ser encarada como uma
decisão política de acabar com a morte de milhares de mulheres pobres
que recorrem a cada ano ao aborto clandestino pela omissão do Estado –
defendeu Wyllys.
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O texto do projeto garante que o médico tem o direito de se recusar a realizar o procedimento abortivo se a prática for contrária à sua consciência. Entretanto, o profissional não pode ser recusar caso haja risco para a mulher ou um contexto de urgência.
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Na justificativa do projeto, o parlamentar afirma que não há motivo
“para que o aborto seguro seja ilegal e as mulheres que o praticam, bem
como aqueles e aquelas que as assistem, sejam considerados criminosos ou
criminosas (…) O único motivo para isso é a vontade de uma parcela do
sistema político e das instituições religiosas de impor pela força suas
crenças e preceitos morais ao conjunto da população, ferindo a laicidade
do Estado”.
Globo
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