Reunidos por mais de três horas com a presidente Dilma, os
governadores do Nordeste assumiram diante dela uma firme disposição
contra qualquer tipo de ruptura que possa comprometer a democracia e em
respeito à Constituição. Foi uma forma de solidariedade ao isolamento
político de Dilma provocado pela maior crise política e econômica dos
últimos 50 anos.
A posição conjunta dos governadores se dá 10 dias após as
manifestações de rua pelo afastamento da presidente nos principais
centros urbanos, especialmente São Paulo, que atraiu mais de 1 milhão de
pessoas. Do ponto de vista prático em relação à pauta administrativa,
os governadores receberam sinalização da liberação de recursos apenas
para o combate à seca.
Deve sair dinheiro para o pagamento de programas que estão em
andamento na área hídrica e para quitar também os pipeiros que abastecem
as comunidades mais atingidas pela seca. Dilma condicionou a concessão
de empréstimos internacionais ao ajuste fiscal, prometendo avaliar caso a
caso, isso depois de aprovado o ajuste pelo Congresso.
Daí, a necessidade de os governadores exercerem o papel de convencer
suas bancadas na Câmara e no Senado pela aprovação do ajuste fiscal.
Outra sinalização do Planalto foi para definição de uma política
unificada de combate ao crime, devido ao crescimento da violência no
Nordeste.
Polêmica PB
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