Por Helder Moura
Foi comemorada com efusão dentro do PSB a deposição do deputado
Ricardo Marcelo do comando da legenda. Pelo que circula no partido, a
manobra que tirou Ricardo Marcelo e levou também Zé Aldemir de roldão,
foi urdida pelo governador Ricardo Coutinho com a colaboração dos
deputados Edmilson Soares e Branco Mendes.
Como se sabe, o governador nunca “engoliu” o comportamento
independente de Ricardo Marcelo à frente da Assembleia, algo que rendeu
lhe rendeu várias derrotas em matérias de seu interesse votadas na Casa.
A operação teria iniciado logo após as eleições, quando os deputados
ricardistas do partido municiaram a direção nacional de informações
contra Marcelo.
O anúncio de que ele iria se desfiliar do partido foi a ponta do
iceberg da operação. Na verdade, ele já havia sindo cientificado pela
direção nacional de que o partido iria apoiar a administração do
governador Ricardo Coutinho, com quem já havia se entendido. Alertado
pelo andar da operação, Zé Aldemir seguiu o mesmo entendimento e
anunciou sua saída também.
Aliás, Aldemir não escondeu seu espanto: “É uma surpresa. O deputado
Ricardo Marcelo é meu amigo pessoal e me filiei ao PEN a convite dele.
Confesso que até agora não fui comunicado de forma oficial de sua
desfiliação e da mudança de direção. De qualquer forma, não acredito em
golpe. Já recebi convite do PSDB, do PP, mas não defini nada.”
Por último, o governador deu o golpe de misericórdia, impondo um
aliado próximo, Thiago Rodrigues, ex-presidente da Lifesa (Laboratório
Industrial Farmacêutico da Paraíba), para comandar o partido. Ele também
tem ligações com o deputado Branco.
Polêmica PB
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