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Que todos os parlamentares investigados, que juram inocência e mostram tanta indignação, abram já seus sigilos bancários, fiscais, telefônicos

Written By Unknown on quinta-feira, 12 de março de 2015 | 23:22

O espetáculo do ‘desagravo’ a Eduardo Cunha, por Chico Alencar

A sucessão de louvores começou com o PSDB e desfila por todos os partidos, à nossa exceção. Antes mesmo do início da fala de Eduardo Cunha na CPI da Petrobras, alertei ali que não poderia acontecer uma sessão laudatória, de mera manifestação de apoio ao presidente sob investigação. Não é essa a função de uma Comissão Parlamentar de Inquérito!
Também disse que seria um depoimento necessariamente parcial, isto é, de uma só parte, de uma única visão.
A exemplo do que vai acontecer com Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras – que será de fato inquirido, depois do depoimento revelador de Barusco – deveriam ter sido ouvidos antes na CPI aqueles citados na petição de inquérito da Procuradoria Geral da República contra ele: Fernando Baiano, figura central (com quem Cunha reconhece ter tido “relações por ser ele representante de uma empresa espanhola com negócios com Eike Batista”!); Alberto Youssef, o empresário Julio Camargo; o policial Jayme Oliveira; Rafael Angulo (contabilista do doleiro); Francisco Reis; Jorge Picciani.
Também a ex-deputada Solange Almeida teria o que dizer.
Tudo em vão: infelizmente só o PSOL, mais uma vez, tem visão crítica aqui, e não entra no espírito de corpo que tenta transformar os pedidos de inquérito do Ministério Público, avalizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), numa grande fantasia, ou, ao menos, em uma peça movida por interesses menores.
Estamos cobrando – só nós, mais uma vez! – que todos os parlamentares investigados, que juram inocência e mostram tanta indignação, abram já seus sigilos bancários, fiscais, telefônicos. E não vamos entrar nessa de desqualificar o Procurador Geral, para deixar de procurar o que precisa ser procurado: os elos políticos do esquema corrupto que atinge a Petrobras e alimenta partidos e campanhas eleitorais milionárias.
Essa quase unanimidade em torno de Eduardo Cunha diz bem como a maioria da Câmara dos Deputados enfrenta a grave crise em curso: dizendo que ela não atinge nosso sistema político-partidário e que ninguém no Parlamento tem qualquer culpa.
A História não absolverá.

Polêmica PB
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