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Casos de microcefalia: Paraíba já registra 21 casos vindos de CG, Cabedelo, SÃO MIGUEL DE TAIPU e Sapé

Written By Unknown on sábado, 14 de novembro de 2015 | 05:25


A equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES), se reuniu na tarde desta sexta-feira (13) em João Pessoa para discutir o aumento no número de casos de microcefalia. De acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega, uma atualização foi feita em relação aos números de microcefalia sinalizados no estado e passam de três, até então registrados, para 21 casos. Os telefones da Secretaria Estadual de Saúde para o atendimento de pessoas com dúvidas são (83) 3218-7330 ou 98828-2522.
“A Secretaria de Estado da Saúde fez uma atualização hoje, com relação aos dados sinalizados, relacionados a microcefalia, que até então estavam três no sistema e hoje já contabilizamos 21 casos já registrados de microcefalia”, disse Renata Nóbrega.
Há registros de casos em Campina Grande, Cabedelo, São Miguel de Taipú e Sapé. Ainda, segundo Renata Nóbrega, todos os casos já notificados estão sendo investigados, ela informou que a relação da microcefalia com o zika vírus é uma hipótese que sendo analisada. “Essa é uma hipótese que já foi levantada por alguns profissionais e pesquisadores, mas até o momento o processo é de investigação. Estamos fazendo investigação para parvovírus, dengue, chikungunya, zika vírus e outras doenças”, esclareceu.
Protocolo de acompanhamento
Um protocolo deve ser lançado na terça-feira (17) na Paraíba para consolidar dados clínicos, epidemiológicos e diagnósticos dos pacientes de microcefalia, segundo a Secretaria Estadual de Saúde divulgou nesta sexta-feira (13). O instrumento pretende identificar uma possível mudança no padrão epidemiológico da microcefalia, além de fatores relacionados à ocorrência dos casos. O Ministério da Saúde decretou na quarta-feira (11) situação de emergência e afirmou que investiga o aumento no número de casos da doença no Nordeste.
A criação do instrumento é resultado de uma reunião técnica realizada na manhã desta sexta-feira. Além disso, seguindo orientação do Ministério da Saúde, a Secretaria vai divulgar um balanço semanal nas terças-feiras para divulgar as novas informações sobre os casos.
“O acompanhamento ele vai acontecer em tempo real. Ontem nós lançamos uma nota técnica, pedindo que os serviços notifiquem em um instrumento a questão da microcefalia, caso ocorra nos serviços. Então, ao registrar esses casos, esse instrumento já é on line e automaticamente a Secretaria de Estado já pode fazer esse acompanhamento do número de casos que estão acontecendo. Conforme já preconizado pelo Ministério da Saúde, estaremos divulgando semanalmente um boletim informativo de atualização desses dados, então a terça-feira vai ser o dia em que serão divulgados esses dados atualizados para toda a imprensa”, explicou Renata Nóbrega da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES.
Desencontro de dados
Mais sete casos de bebês nascidos com microcefalia em Campina Grande em 2015 foram confirmados pela gerente da 3ª Gerência Regional de Saúde, Tatiana Medeiros, na manhã desta sexta-feira. Para Tatiana Medeiros, os números estão aumentando e causando essas divergências por causa da demora na notificação ao órgão estadual.
Segundo Tatiana, os casos estão sendo confirmados aos poucos porque foi montada uma força-tarefa com vários profissionais para apurar os casos. “Muitas secretarias não notificam os casos ao Estado, fazendo com que nós não tivéssemos conhecimento. Com a ajuda de vários profissionais, estamos localizando mais casos”, explica.
Ainda segundo Tatiana Medeiros, equipes da 3ª Gerência Regional de Saúde estão visitando várias cidades e famílias. “Além dos já nascidos, estamos recebendo informações de mulheres que estão grávidas de bebês com microcefalia”, disse.
Orientações para grávidas
Em nota enviada pelo Ministério da Saúde na manhã desta sexta-feira (13), o órgão dá algumas orientações para as  grávidas:
1 -Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;
2 – Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
3 – Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;
4 – Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;
5 – Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);
6 – Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas,  usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para gestantes.
O órgão também orienta que, até que se esclareçam as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região, as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança. “Nessa consulta, devem avaliar as informações e riscos de sua gravidez para tomar a sua decisão”, diz a nota, esclarecendo que “não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez”. “A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família”, diz.
Estado de emergência
Segundo o ministério, o estado de emergência em saúde pública garante que os serviços de saúde tratem a questão da microcefalia com prioridade. A investigação das possíveis causas do aumento vai ser feita em conjunto por equipes do Ministério da Saúde e dos governos estaduais e municipais.
O Ministério da Saúde também ativou, na terça-feira (10), o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), em Brasília. Trata-se de um mecanismo de gestão de crise, que reúne as diversas áreas que podem concorrer para resposta a esse evento de forma que o assunto seja tratado como prioridade. A investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde.
De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, a média de casos para o estado era de 10 por ano, o que representa um aumento incomum. “Estamos de fato em uma situação inusitada em termos de saúde pública”, disse Castro. A situação tem sido acompanhada pelo Ministério desde o dia 22 de outubro.  Em nota enviada à imprensa, o Minstério da Saúde informou que recebeu relatos dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte sobre o mesmo assunto. As suspeitas estão sendo investigadas e contam com o monitoramento de equipes do Ministério da Saúde.
Hipótese de ligação com zika vírus
Sobre a hipótese que tem sido discutida pela comunidade médica, de que o aumento de casos de microcefalia poderia estar relacionado a infecções por zika vírus – vírus que foi identificado pela primeira vez no país em abril deste ano – os representantes do ministério afirmaram que ainda é precipitado atribuir o evento a essa causa.
Entenda o que é a microcefalia
Microcefalia é uma condição médica que se caracteriza por um crânio menor do que o tamanho médio, geralmente por causa de uma falha no desenvolvimento do cérebro. O problema pode estar associado a síndromes genéticas ou a outros fatores como abuso de álcool e drogas durante a gravidez ou a infecção da gestante por rubéola, catapora ou citomegalovirus.
Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a  33 centímetros. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos infecciosos, como bactérias, vírus e radiação.
Crianças que nascem com microcefalia podem ter o desenvolvimento cognitivo debilitado. Não há um tratamento definitivo capaz de fazer com que a cabeça cresça a um tamanho normal, mas há opções de tratamento capazes de diminuir o impacto associado com as deformidades.
Segundo o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e AVC dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (Ninds-NIH), algumas crianças acometidas pela anomalia podem ter algun nvel de incapacitação. Outras podem se desenvolver de forma similar a outras crianças e ter inteligência normal.

Da Redação 
Com G1PB
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