Na ausência de fatos mais substanciais, dois movimentos políticos
chamaram a atenção nesta terça-feira na Paraíba. O desmentido do
deputado Raniery Paulino (PMDB) de que teria decidido sentar na bancada
do governador Ricardo Coutinho na Assembleia e o desligamento do
vereador Renato Martins (PSB) da bancada do prefeito Luciano Cartaxo na
Câmara da Capital.
No segundo caso, especulou-se logo que a decisão de Martins representaria o fim de toda e qualquer perspectiva de aliança do PSB com o PT em João Pessoa para a disputa das eleições do próximo ano.
O presidente municipal do PSB, Ronaldo Barbosa, negou manifestação partidária e pôs tudo na conta do próprio vereador. O problema é que a decisão do parlamentar não deixa de ser um sinal da total fragilidade das relações entre petistas e socialistas.
Na verdade, não existe aliança alguma, nem tácita. Se algo existe, são apenas desejos de alguns militantes dos dois lados, fruto da aliança das eleições para governador.
Lógico que não se pode descartar a possibilidade, mas, pela movimentação das principais lideranças de ambos os esquemas, incluindo essa do vereador Renato Martins, as chances de união entre PSB e PT em 20016 são bastante remotas.
No caso do deputado Raniery Paulino, talvez se possa dizer o contrário. O desmentido de adesão ao esquema do governador Ricardo Coutinho pareceu mais suave do que em outras ocasiões. Ao defender que o PMDB deve definir o tipo de relacionamento a ser cultivado com o governador, Raniery se revelou foi mais acessível.
Avente-se, sem medo de errar, que a pedra no caminho entre Raniery Paulino e bancada do governador talvez seja a eleição para prefeito em Guarabira. Muito provavelmente a família Paulino esteja exigindo o apoio do esquema governista.
O problema é que os aliados de primeira hora da campanha de reeleição do governador em Guarabira, que não eram Toscanos nem Paulinos, sonham em desbancar as duas famílias que mandam na cidade há muitos anos. O nó está aí.
Seja como for, os dois protagonistas dos movimentos desta terça parecem ter dado passos invertidos. Renato Martins, um passo atrás; Raniery Paulino, um passo à frente.
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