Um governista com postura de oposição, outro de oposição no sentido clássico. Esse, a grosso modo, é o posicionamento dos dois paraibanos que passaram a comandar comissões parlamentares de inquérito na Câmara dos Deputados. Hugo Motta (PMDB) na CPI da Petrobras e agora Efraim Filho (DEM), na CPI dos Fundos de Pensão. Além de jovens, o outro ponto em comum é que as duas investigações constrangem o governo.
Tanto Hugo Motta quanto Efraim Filho foram tirados da manga do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O nome do democrata foi confirmado no voto, nesta quarta-feira (12), em Brasília. E se a CPI da Petrobras tem sido ofuscada pela operação Lava Jato, mais efetiva nas prisões e revelação de crimes, a dos Fundos de Pensão tem muito o que revelar, principalmente sobre para onde foi o dinheiro dos segurados.
Postalis, dos Correios e Telégrafos; Petros, da Petrobras; Funcef, da Caixa Econômica, e Previ, Banco do Brasil. Em todas há denúncias de que o dinheiro foi desviado ou mal aplicado por gestores indicados pelo Partido dos Trabalhadores. É uma caixa-preta que precisa ser aberta. Os servidores das estatais têm reclamado do que chamam de sumiço do dinheiro. É uma CPI que poderá projetar nacionalmente Efraim, por não ter a concorrência da PF e do MPF.
“Se queremos mudar a forma como as coisas acontecem no Brasil, não há hora melhor que essa. Os fundos de pensão são uma caixa-preta. Estão jogando com o futuro das pessoas. Aposentados, pensionistas e trabalhadores que contribuíram para esses fundos estão desesperados e desamparados”, enfatizou Efraim Filho em conversa recente com o blog.
Na Câmara dos Deputados, a informação é a de que vem bomba por aí.
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